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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Naquela noite.


Naquela noite tudo o que ela precisava era de um abraço.
Naquela noite esperava intensamente por seu cheiro, por seu calor, por aquele contato. Esperava por ele.
Naquela noite sequer deram as mãos direito. Ficaram distantes, olhando um para o outro.
Naquela noite a ida de carro não foi animada. Uma música compatível com o ambiente tocava e as lágrimas escorriam silenciosas.
Naquela noite, na hora da despedida, murmurou um 'tchau, amor' e saiu correndo do carro esperando que não visse seu choro.Ouviu a porta do carro abrindo, esperava que fosse ele indo atrás dela... Era ele soltando um 'também te amo' que não deveria ser gritado, mas sussurrado.
Naquela noite foi da portaria ao seu apartamento chorando, mas não mais silenciosamente.
Naquela noite, ali, sob o céu sem luar percebeu que não eram fadados a ficarem juntos mas sim fadados a tentar ligar os dois. Não ele e ela, ah não, mas ligar o seu ciúme com a sua necessidade de ser livre.
Naquela noite o sonho ruiu.

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