Páginas

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Só.

Aos poucos vou me sentindo deixada para trás. Vejo as pessoas progredindo em sua vida acadêmica e eu estou aqui, estocada no ponto morto, na zona de espera. Ironia ou lição da vida, quem criou esse destino fui eu, ao deixar de me esforçar com toda a força que tinha. O cansaço me venceu.

Agora, no marasmo da espera, vou acompanhando com os olhos os amigos que vão caminhando a minha frente zarpando a toda força, sabendo que em breve eles sairão do meu campo do visão e tudo que poderei fazer é ouvir notícias por terceiros. Até quando serei madura o suficiente para conseguir caminhar com eles? Sim, ainda que eles caminhem a uma velocidade muito maior que a minha, não estou parada.

Temo o momento em que os problemas e alegrias deles serão muito maiores e maduras que as minhas, o momento em que eles se tornarão adultos completos. Não temo a transformação em si, mas a possibilidade de não a acompanhar.

Com essa calmaria começam a surgir as inseguranças, os receios, as possibilidades que são viáveis apenas em minha mente. Possibilidades de uma mente entediada. Mente assustada. Não os quero indo para longe de mim. Queria nesse momento poder ter um número de braços equivalente aos número de amigos que possuo e quero próximos a mim, assim poderia, em minha mente, mante-los próximos

Sinto-me só ao ver que todos estão encaminhando suas vidas, menos eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine, comente, critique...É sempre bem vindo.